O padrão socioeconômico de Deus

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã
cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Mateus 6:34

       Graça e paz, amigos e irmãos!

       Nesta matéria gostaria de abordar este tema, que há algum tempo tem me inquietado, que é o padrão econômico e social que Deus almeja que toda a humanidade alcance. Iniciamos este ano de 2018 com muitas expectativas e assim como fazemos em toda virada de ano, nossa esperança se renova, no sentido de que os sonhos não realizados no ano que se passou, venham a se concretizar neste novo ano. Obviamente, neste mundo capitalista em que vivemos, a maioria dos nossos sonhos, tem um custo financeiro.


Contrastes incríveis entre o requintado bairro do Morumbi e a favela de Paraisópolis, em São Paulo, Brasil

    Nosso sonho pode ser ingressar numa universidade, comprar um carro novo, ter um emprego melhor, comprar ou reformar a nossa casa, viajar e também pode ser ter mais comunhão com Deus, ler e estudar mais a Bíblia, fazer algo para Deus, etc. Sinceramente acho que tudo isso é muito bom e que realmente merecemos tudo isso, porém a questão que sempre devemos levar em consideração quando queremos galgar degraus mais elevados em nossa jornada nesta vida é porque, como e para que usaremos estas novas conquistas e se os nossos desejos estão dentro do padrão de Deus.
     Como cristãos cremos que Deus é um ser dotado da plenitude do conhecimento e portanto, nos confortamos em consultá-lo, para que nossas escolhas estejam sintonizadas com o governo diário que Ele faz sobre toda a sua obra e sobre a humanidade, nos ambientes micro e macro, isto é, de forma individual e coletiva. Quando pedimos algo a Deus e não obtemos resposta, é porque este pedido, feito em determinado momento, não se acomoda confortavelmente nas determinações deste governo diário, e isso não significa que não poderá se acomodar confortavelmente num momento futuro, portanto não deixe de crer e pedir. Certos pedidos, porém, jamais se enquadrarão em algum momento do governo de Deus, simplesmente porque contrariam Seu caráter e às leis que, desde o princípio, Ele estabeleceu para sua criação e suas criaturas.

        Porque, como e para quê:

      Certamente o maior dilema de Deus ao nos liberar uma benção, é saber os reais motivos que nos movem ao almejar conquistá-la. Ter um bom trabalho e boa remuneração é algo que aparentemente, só trariam benefícios para qualquer pessoa, mas conheço pessoas que perderam a vida após terem conquistado um trabalho com boa remuneração e trouxeram muita dor para seus entes queridos. Numa ocasião o sonho era ter uma moto possante: esta pessoa realizou este seu sonho, mas este sonho causou sua morte! Certamente este sonho não se apoderiak  confortavelmente ao governo diário de Deus, pois lhe faltava maturidade, talvez mais à frente, este sonho pudesse ser realizado sem traumas. Muitos querem ganhar dinheiro para se divertirem, outros querem cursar uma faculdade simplesmente para ostentar um diploma, outros para viajarem sempre que tiverem uma folga e outros dizem que caso alcancem suas maiores conquistas farão muitas coisas boas para a sociedade e para Deus, mas quando chega a hora da conquista se esquecem completamente, mas Deus já conhecia o fundo dos seus corações e já esquadrinhava suas mentes.


Vídeo do youtube retrata as causas e consequências do materialismo

     Ora, então como conhecer o caráter eterno de Deus e as diretrizes do Seu governo diário, para que não possamos errar na forma, motivação e uso das bençãos que queremos obter para nossas vidas? A resposta está naquele conselho divino que resume todos os demais: "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Quando amamos verdadeiramente a Deus, o nosso maior tesouro é ter comunhão íntima com Ele, de modo que possamos conhecer Seu caráter imutável e perceber o Seu agir cotidiano de modo micro e macro, e quando isso ocorre, não conseguimos nem queremos estar longe desta comunhão e por consequência, Ele incute em nossos corações o Seu infinito amor, que de tão grande, temos de dividi-lo com quem dele precisa e assim, naturalmente, passamos a querer ajudar ao próximo, nos adequando, consequentemente ao seu caráter e desta forma, aprendemos a saber o que pedir, como, porque e para que pedir.

            O caráter e o governo diário de Deus

      Após ter se despedido de Adão e Eva do paraíso, Deus lhes deu uma ordem: "Crescei e multiplicai e povoai a terra!". À primeira vista, parece que os verbos crescer e multiplicar têm o mesmo sentido, contudo, quando passamos a ler o restante da Bíblia, percebemos que os sentidos destas duas ordens de Deus são completamente distintos: Crescer tem o sentido de aprender mais de Deus, aprender a obter da natureza que Deus nos deu por domínio e multiplicar significa gerar muitos descendentes, para que com estes, enfim, possamos povoar a terra.
     Não tenhamos dúvida que a Bíblia é verdadeiramente a palavra de Deus para os homens e Suas palavras e conselhos não têm prazo de validade, são eternos, e com muita sabedoria Deus os tem revelado, no decorrer dos escritos bíblicos, de modo gradativo, ou seja, ao alcance do nível do conhecimento e entendimento obtido pelo homem, não obstante, ainda hoje, na era quântica, chegarmos a conclusão de que Deus ainda tem muito para nos ensinar através das Sagradas Escrituras.
     Há cerca de duzentos e quarenta anos atrás, o filósofo protestante Immanuel Kant assim definiu o conhecimento humano: "O conhecimento se desenvolve entre dois limites intransponíveis: obter fenômenos sem alcançar a coisa em si".  Com o tempo passamos a simplificar esta máxima kantiana com a seguinte frase: "na natureza nada se cria, tudo se transforma". É exatamente isso que a mente privilegiada de kant quis nos dizer: Sempre haverá um só criador, e ninguém, a não ser Ele, nada criará, a não ser a partir de algo preexistente. Temos perfeita noção de todo conhecimento científico, nas áreas da medicina, comunicação, bélica, aerospacial, informática, etc, e desde a descoberta da massa por Arquimedes ao bóson de Higgs, todo este conhecimento está condicionado à máxima de Kant, que replica à determinação de Deus para que cresçamos em conhecimento para que possamos dominar a natureza.

       Dominando a natureza em todas as áreas do conhecimento
      
   Dominar a natureza significa retirar dela as matérias primas e fenômenos que precisamos, mantendo-a viva e saudável. Esta é uma complexa equação que, nos dias atuais, onde o consumismo é justificado pela geração de empregos, impostos e riquezas, se torna um imenso desafio para a humanidade, quando diversos vetores desta equação, tais como padrão sócio-econômico da sociedade, poder geopolítico das nações, crescimento populacional, desigualdades sociais, etc, são decorrências daquele primeiro mandamento bíblico muito conhecido e parece que não conseguimos perceber isso.


Vídeo do youtube mostra os diversos vetores da sustentabilidade na terra

     Como abordamos nos parágrafos acima, não podemos nos conformar com o abismo social que separa as pessoas, ainda que algumas se esforcem e trabalhem muito para serem prósperos e outros tenham se desiludido completamente com a vida, não se importando em trabalhar, para manterem uma vida minimamente digna, pois estas necessitam do apoio material e espiritual dos mais bem sucedidos. Desde a época em que o homem vivia de forma tribal nas cavernas, sempre existiu a luta pelo domínio de territórios e se antes os interesses tribais eram defendidos pelo arco e a flecha, agora são defendidos por arsenais atômicos que simplesmente podem acabar com toda forma de vida na terra. Atualmente o homem ocupou ou domina todas as áreas de terra do planeta e o crescimento populacional só é motivo de preocupação porque diversos outros vetores da equação do perfeito domínio da terra não estão sendo corretamente dimensionados: parece óbvio que a ordem para multiplicar deve ser dimensionada ao povoamento da terra e esse povoamento já ocorreu, logo é tempo de adequarmos os demais vetores desta complexa equação!

  É tempo de destruíres os que destroem a terra! Apocalipse 11:18

O Consumismo

   Jesus nos deu a Igreja, para que, aprendendo e praticando seus ensinamentos, pudéssemos trilhar o caminho do bom relacionamento com o próximo e com a natureza, porém a história nos mostra que em determinado momento, alguns líderes cristãos sucumbiram à oferta de riqueza oferecida por reis e poderosos, passando boa parte da Igreja, ao invés de influenciar, a ser influenciada pelos costumes e cultura daquele que seria o império que influenciaria os povos da terra até o tempo do fim. Veja nossos estudos nestes links: O verdadeiro templo de DeusA besta capitalista que surge da terra.


A decisão está em nossas mãos: render ao padrão de Deus ou não!

    A natureza terrestre parece gemer ante aos maltratos que a cobiça humana lhe causa, tamanho conhecimento científico dão conta do quão especial é a formação da vida em nosso planeta, muitos movimentos que visam a preservação dos ecossistemas se multiplicam em diversas nações, contudo isso ainda não se mostrou suficiente para que mudássemos os velhos costumes de expansão territorial, existentes desde o tempo das cavernas: se naquela época as tribos lutavam diretamente pela caça que as alimentavam, hoje as nações lutam pelos territórios que abrigam riquezas que geram mais riquezas que agora não apenas mais necessárias à aquisição do alimento e vestes, mas de diversas outras necessidades que o homem criou para si, como viagens, moda, posição social, bens, etc, de modo individual e poderio político, militar e econômico, no contexto das nações e isso impacta diretamente na estabilidade dos ecossistemas, que atualmente são devastados com maior velocidade e intensidade devido às máquinas criadas para produzir alimentos ou produzir armas, gerar energia ou construir bombas, plantar árvores ou cortá-las.
       
    A natureza geme

     O homem é parte inseparável da natureza e desta forma sofre as consequências das doenças que a assola, muito embora a humanidade tenha se dividido em nações, as águas, os ventos, as matas, os furacões, terremotos e todos os fenômenos da natureza não reconhecem e respeitam estas fronteiras e isso faz de cada país e cada indivíduo,  um responsável pelas consequências de seus atos em relação à ela.


O impacto que o perfil de consumo individual exerce no equilíbrio do planeta conhecido pela pegada ecológica

   Quando tomamos consciência do impacto que nossa existência como indivíduos consumidores causa na natureza, começamos também a nos conscientizar do padrão socioeconômico que Deus, desde o princípio projetou para quem confiou como gestor desta natureza: o homem sábio. O resultado imediato da conscientização de que cada indivíduo é um gestor em potencial do ambiente em que vive, foi a elaboração do que se convencionou chamar de "pegada ecológica", obtida por meio de um questionário onde as informações socioeconômicas de uma pessoa revelam o impacto que esta causa na natureza. Teste sua pegada ecológica neste site oficial: Pegada ecológica .

    O Padrão socioeconômico de Deus

       O conhecimento que até hoje obtivemos nos permite afirmar que uma alimentação balanceada e variada e com uso adequado de carnes nos proporciona uma saúde e qualidade de vida melhores, podemos também afirmar que qualquer tipo de desperdício em tudo que usamos para ter uma vida digna impacta diretamente na natureza, pois como vimos acima, o homem nada cria, mas extrai da natureza tudo que necessita, desta forma o velho conselho de Jesus, que usamos em epígrafe, está mais que atual, para quem procura dirigir sua vida pela bússola do bom senso e prudência: Não estar ansioso quanto ao que comer e vestir é uma consequência natural para os sensatos e prudentes e é a mais perfeita expressão do padrão socioeconômico que o Messias, tendo a plenitude do saber, nos aconselhou, pois sabia que com o tempo haveríamos de acatar não somente este conselho, mas todos os que durante seu breve ministério, nos deixou, porque seus ensinamentos são lastreados nas leis da engenharia que ordena não apenas nosso lar terrestre mas também o universo, dos quais somos partes inseparáveis e interdependentes.

   Que a humanidade e cada pessoa individualmente possam conhecer a profundidade, sabedoria e alcance dos perfeitos ensinamentos de Jesus, o messias aguardado pelas três grandes religiões abraâmicas.

     Por Nelsomar Correa, em 10 de janeiro de 2018


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