O Criador (Parte IV)

           ATENÇÃO: Esta é uma série de estudos, por isso sugerimos que leiam esta série sequencialmente para que acompanhem o desenvolvimento do raciocínio que pretendemos levar aos nossos leitores. Você encontrará os links desta série ao final deste texto. Obrigado

               Neste quarto estudo sobre a criação vamos tratar da criação dos astros celestes. Como tínhamos dito nos estudos anteriores, Deus relata a criação a Moisés a partir do ponto de vista terrestre, como se alguém que estivesse na terra acompanhasse a ocorrência dos fatos e não da sequência da criação tal como efetivamente tenha ocorrido, por isso, quando conhecemos a história da Terra (veja o link: O planeta terra), temos de admitir que esta história está intrinsecamente ligada à história do Sol (O sol), que por sua vez está ligada à história da Via Lactea (A via Lactea). 
                       Infelizmente alguns irmãos dizem que eu não sou um crente convertido, pelo modo como procuro entender a criação à luz da Bíblia e da ciência, contudo tenho em mente que quanto mais buscamos conhecimento, maior compreensão temos da dimensão de nosso Deus (Gênesis 2:9, 1 Reis 4:29, Jó 37:16, Jó 38:2, Salmos 73:11, Provérbios 1:22, Provérbios 2:6 e principalmente Daniel 12:3-4). Einstein, que tinha origem judia e tinha Deus como alvo de seus circunlóquios e em seu livro "Mein weltbild" (minha visão do mundo) expressa sua opinião sobre ciência e religião: "Não deveria de existir conflito entre a religião e a ciência, pois a ciência só pode afirmar o que é, mas não o que deveria ser e fora de seu escopo são necessários juizos de valor de todo tipo e a religião, além disso, enfoca somente valores de pensamentos e ações humanas, não falar, isto é claro, de dados e relações de dados. De acordo com esta interpretação, os conhecidos conflitos entre religião e ciência do passado devem ser atribuídos, sem dúvida, a uma concepção errônea da situação descrita". Embora este autor possa concordar plenamente com esta visão de Einstein, não pode, contudo concordar com seu posicionamento panteísta, influenciado pelo filósofo Spinosa, ou seja, de um Deus indiferente às causas humanas, inerte e que apenas cuida de seus próprios interesses.

                   Tendo por base os versículos indicados no início do parágrafo anterior, sobretudo os de Daniel 12:3-4, que versa exatamente no progresso da ciência, podemos hoje concluir, sem qualquer medo ou culpa, que Ele próprio tenha permitido que houvesse o distanciamento entre a religião e a ciência, uma vez o seu povo (os judeus) faziam da religião um escudo para seus medos, tornando-a tão pesada, estática e escravizante que não era mais capaz de dar as respostas necessárias ao espírito e ao intelecto, sendo assim necessário que Deus se utilizasse de seus profetas para aluí-la de sua inércia, cabendo a Jesus Cristo imprimir à religião judaica um novo caminho mais dinâmico, creio na verdade, que o maior conflito está mesmo é na conversão dos judeus a este caminho, o que está muito próximo de ocorrer. É bem verdade que Deus tem brindado os judeus com mentes brilhantes e o próprio Jesus disse que não tinha vindo para abolir a lei e os profetas, mas para cumpri-la, com isto, podemos chegar a conclusão que não apenas o judaísmo, mas também a própria Igreja Cristã devem entrar no prumo de Deus. Como cristãos devemos absorver tudo de bom que Deus, por meio dos patriarcas e profetas implantou no judaísmo, sem contudo compartilhar de seu fardo pesado; creio que o próprio Cristo nos dirá como poderemos fazer isto.

                    Prossigamos então para nossa sequência de estudos sobre "O Criador". "E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra, a assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia e o menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para governar o dia e a noite; e para fazer separação entre luz e as trevas; e viu Deus que era bom.



                      Embora saibamos hoje, pela profetizada multiplicação da ciência presente no Livro de Daniel em seu capítulo 12, que o universo possui inúmeras galáxias e sóis, vamos nos ater neste estudo naquilo que o conhecimento científico atual nos permite falar com mais segurança, que são os astros da Via Lactea. Nos links que deixamos no início deste texto sobre a terra, o sol e a Via Lactea, podemos ter um conhecimento razoavelmente aprofundado sobre a história dos mesmos, com base no conhecimento científico empiricamente acumulado e conforme temos nos posicionado em nossas postagens, não iremos contestar aquilo que é fato consumado pelo mesmo, tal como os fósseis de animais pré-históricos e dos métodos para se conseguir alcançar a idade aproximada destes fatos, mas coordenando-os com as informações disponíveis na Bíblia, desta forma ocorre uma sequência de acontecimentos que aparentemente parecem se contrapor às informações bíblicas, mas conforme também dissemos no início desta postagem, esta contradição ocorre tão somente devido ao ponto de vista do narrador: enquanto a versão bíblica informa que a terra foi criada e em seguida o sol e a lua e as estrelas, a ciência nos informa que primeiramente surgiu a Via Lactea, que abriga milhões de astros e estrelas, embora nem todos tenham passado a existir ao mesmo tempo, em seguida surge o sol, que se situa a cerca de 26.000 anos-luz do centro desta galáxia, e por sua energia criou um sistema próprio dentro da mesma, sendo o centro deste sistema e em seu entorno orbitam oito planetas principais que são Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e mais cinco planetas anões, que são: Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea, sendo que estes planetas são vistos desde a terra como pontos brilhantes, confundidos com estrelas, e além destes ainda orbitam os asteróides, cometas e poeira cósmica.



          
                     Como o sol está localizado na periferia da Via Lactea, é possível, em dias escuros e sem iluminação artificial, ver grande parte dela a partir da terra, com nesta foto abaixo, tirada na Austrália:




                     O processo evolutivo da terra estudados nos textos "O Criador" parte I, II e III e encontrados no início desta página nos links listados à sua esquerda logo abaixo do gadget Google Translator, sempre esteve condicionado ao processo evolutivo da Via Lactea e do sol até ondo o conhecimento científico nos permite afirmar. Muito embora a consistência física do sol, que é formada por gases ionizados seja totalmente diferente da terra, que é formada por materiais sólidos, líquidos e gasosos, fica evidente que este processo tenha sofrido influência direta da energia proveniente do mesmo, desde os períodos de grandes temperaturas até às chamadas eras do gelo. O conhecimento científico atual nos informa que a idade média da Via Lactea é de 13 bilhões de anos, o sol de 4,6 bilhões e a terra 4,5 bilhões e esta sequência pode ser encontrada nos capítulos 1 a 3 de Gênesis, onde está informado que embora Deus já houvesse feito o céu e a terra, a luz solar ainda não tinha energia suficiente para influenciar a terra, o texto bíblico interpretado literalmente, nos traz a ideia de que embora existisse terra e sol, a luz solar ainda não chegava à superfície terrestre em sua plenitude, impossibilitando a vida, por isso diz que a terra estava sem forma e vazia, sem vida animal e vegetal o que confirmado pelas descobertas científicas e tão somente neste estudo, que baseamos nos versículos 14 ao 19 é que esta influência é percebida. A ciência nos informa atualmente que o sol inicialmente tinha uma energia muito inferior à atual e que no futuro terá uma energia muito maior à de hoje, até chegar ao ponto de absorver nosso planeta, mas aí impossibilitando a vida não mais pela falta de energia, mas pelo excesso. 




            A chegada da energia solar ao planeta terra é contemporânea à maturação do sistema solar, quando então as órbita dos planetas em torno do sol e da terra em torno de si mesma chegam ao equilíbrio, possibilitando a contagem cronométrica de séculos, décadas, anos, dias, horas, minutos, segundos e suas frações. Não é de bom senso repetirmos os erros cometidos no passado pela Igreja, que condenou Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. 

                    Notem que nestes versículos de Gênesis, Deus afirma a Moisés que é a energia solar que origina o dia, a noite, as estações do ano e a contagem do tempo, embora isso somente tenha sido comprovado cientificamente mediante a teoria do heliocentrismo defendida por Copérnico e confirmada pelos estudos de Galileu.
                    Não existem portanto, nem jamais haverão argumentos na ciência que desabonem as Sagradas Escrituras, tampouco Aquele que criou e ainda hoje gere a criação e as criaturas.
                     E foi tarde e manhã, o quarto dia".  

     Por Nelsomar Correa em 20 de agosto de 2014.


     Enriqueça sua leitura lendo também os seguintes estudos:

     O Criador (Parte I)
     O Criador (Parte II)
     O Criador (Parte III)       
     O Criador (Parte V)
      O Criador (parte VI)
      O Criador (parte VII)
     O Criador (parte VIII)


Um comentário:

  1. Eu acredito que Deus relata a criação a partir do ponto de vista terrestre para nossa melhor compreensão.

    Paz e graça!

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