As duas testemunhas de Apocalipse: santos ou guerreiros?

         Ordem para medir o santuário de Deus                                                                  "E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.                                                    
       E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
      Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem."

      O texto acima mais do que sintetizar a missão das duas testemunhas, revela o sentido aparentemente antagônico do caráter da mesma, pelo fato de Jesus glorificado conceder a estes dois homens unção e poderes que extrapolam o que as Leis divinas e humanas reservam para o indivíduo comum. Devido a este caráter excepcional da missão destes dois ungidos de Deus, raramente os comentaristas bíblicos adentram seus estudos à pessoalidade de ambos, mas trata-os como enviados já prontos para cumprirem este propósito, o que de fato não é o que ocorre.
     Quando Deus revelou ao profeta Isaías (capítulo 5:14-16) a vinda do messias, chamado Emanuel (Deus conosco), afirmou que o menino, que nasceria de uma virgem, se alimentaria de coalhada e mel, até chegar a idade em que saiba rejeitar o mal e escolher o bem. Podemos fazer um paralelo entre esta passagem que se refere a Jesus com as passagens registradas nos versículos 3 e 7 de Apocalipse 11, onde está determinado um prazo específico de três anos e meio para as testemunhas exercerem o ministério, um tempo similar ao ministério de Jesus.



  Os fatos que temos relatado neste canal referentes à missão das duas testemunhas, (conforme links de nossas páginas ao final deste texto), cujas identidades foram reveladas em fevereiro de 2005, nos fazem entender que não devemos interpretar as palavras "coalhada e mel" como sinônimo de prosperidade, mas sim que antes de Jesus ser apresentado como o Messias após seu batismo por João Batista, não lhe seria entregue a unção de Messias e de igual modo ocorreu com estes dois enviados dos dias atuais, que sendo apresentados por profetas como tais, o Espírito Santo passou a ministrar aos seus corações e intelecto, levando em consideração a forte unção que lhes foi entregue, ou seja, pequenos sinais, como profecias, lhes foram entregues em forma de enigma, até o dia em que soubessem quem de fato eram (receberam alimento espiritual leve antes da revelação e alimento espiritual consistente após a revelação e ainda maior, quando iniciarem os quarenta e dois meses designados para o ministério profético que exercerão). É compreensível que devido ao peso da missão a eles confiada, tenham sido poupados em sua infância, adolescência e juventude, mas chegada a maturidade. foi-lhes dada a revelação de suas genuínas identidades.
  Jesus glorificado conhece as limitações humanas desde o tempo em que viveu como homem e desde as palavras reveladas ao profeta e apóstolo João os tem tratado como humanos que são, em suas qualidades e defeitos, afinal, Ele próprio se fez carne e foi tido como homem e palavras como glutão e beberrão lhe foram atribuídas.
    Embora existam inúmeras semelhanças entre as missões de Jesus e das duas testemunhas, tais como a duração do ministério profético, da morte por três dias e meio, ressurreição e ascensão ao céu, há no ministério dos dois enviados deste século a característica de guerreiros (versículos 5. 6 e 7), talvez por isso o tempo em que foram alimentados com coalhada e mel tenha sido maior.
  Como conciliar neste século do conhecimento duas características aparentemente tão antagônicas? Muitos sábios atuais têm detectado que em diversas áreas humanas o conhecimento tem sido mais privilegiado que a sabedoria; de fato a multiplicação da ciência é profetizada no Livro de Daniel 12:3.4. As ciências exatas estão presentes na maioria das áreas do conhecimento e isso, por um lado é positivo, na medida em que se busque a precisão e evite sofismas, porém a sabedoria tem um viés espiritual, que as ciências exatas, até o momento, não conseguem alcançar. Como compreender, mediante as ciências humanas, que um humano possa fechar o céu para que não chova, transformar água em sangue, ferir a terra com diversidade de pragas e que de sua boca saia fogo?
  Parece mesmo que Deus que revelou a multiplicação da ciência que é visível para todos os lados em que olhemos também quer que nos voltemos para as coisas espirituais, que só são alcançadas por meio da sabedoria e a missão das duas testemunhas está envolta tanto em ciência quanto em sabedoria. A face científica desta missão é encontrada na morfologia dos corpos destes dois homens, o que tem provocado um misto de admiração e medo quando vistos juntos, embora quando vistos separadamente não há nada de anormal em suas aparências. A sabedoria é requerida para o trato desta missão revelada à Igreja, na medida em que a adequada compreensão deste ministério enriquecerá tanto o conhecimento quanto a sabedoria dos homens, qualificando-os ao convívio com o Verbo Divino, que virá logo após esta missão, para ocupar o lugar que tem por direito eterno.
   A característica e unção de guerreiros que lhes foram entregues não serão usadas a menos que a insensatez e falta de sabedoria dos homens os forcem a isso. Deus prometeu ao Seu povo que este iria governar a terra e estes, por princípio, são os guardiães da sabedoria, porém vemos que pela força do conhecimento científico, as nações são apoderadas e neste conhecimento se estribam, pois gera riquezas e por isso estão dispostas a defendê-las.
   A conjuntura política e econômica em que as nações estão inseridas nos dias atuais apresentam desníveis que se alargaram sensivelmente após a Revolução Industrial, que dividiu a terra em nações pobres e ricas, ou seja, nações que não acumularam conhecimento científico e aquelas que acumularam. Podemos ver hoje que muitos povos das nações ricas passaram a ignorar as coisas espirituais e, por conseguinte, a sabedoria, que requer uma sintonia com as coisas divinas, fazendo surgir uma geração de jovens frustrados e materialistas e tornando quase impossível a conciliação entre os interesses decorrentes desta sabedoria e os do conhecimento.
    Em que testemunharão o Jesus Glorificado que voltará na sequência do seu ministério, diante do contexto acima citado? A unção de oliveiras e candeeiros (versículo 4) revela seu caráter de sensatez e ponderação enquanto que a unção de guerreiros (versículos 5, 6 e 7) só será usada em caso de falta de sabedoria daqueles que com eles tratarem revela a fé, confiança, segurança e compreensão da decisiva missão a eles confiada, porventura não será assim também que Jesus regerá a terra durante o Reino Milenar? Se as nações agirem com sabedoria encontrarão n'Ele um Cordeiro, mas se agirem com insensatez, encontrarão um Leão. O caráter de Cristo é supremanente bom, tardio em irar-se, mas como lidar com uma humanidade rebelde e incrédula?



   Não obstante o texto bíblico deixar estas coisas bem claras, diversas nações se irarão contra estes dois enviados de Deus, desconsiderando todos os sinais científicos e espirituais neles inseridos, pois temem que a terra seja governada pela sabedoria em vez da força do conhecimento, que produz as armas e o dinheiro que as faz dominar ilegitimamente sobre ela. Estas nações levantarão um líder que declarará guerra aos dois profetas de Deus e neste momento se verão nestes, mais do que nunca, suas características de guerreiros, quando as armas e estratégias de guerra espiritual que lhes foram outorgadas por Deus  terão seu uso massivo, mas convém que sejam mortos para que venha o Redentor.



    Estes já estão sendo preparados para esta guerra, mas algumas estratégias que ensaiam ainda não estão sendo bem entendidas pela Igreja que o (os) conhece. O anticristo usará meios eletrônicos para vigiá-los, mas estes podem usar a operação do erro, aliás, já usa (m).
      Que Deus ilumine as mentes e corações das autoridades mundiais e dos líderes religiosos para que se evite que os flagelos previstos nesta guerra sejam minimizados.

       Por Nelsomar Correa, em 28 de abril de 2016

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